Nesta página você encontra um compilado com as questões mais frequentes relativas a assistência psiquiátrica e psicológica, saúde mental, comportamento e transtornos
Cannabis é um gênero de plantas originárias da Ásia e que, tem em sua família plantas como a maconha e o cânhamo. A maconha (Cannabis sativa subespécie sativa) é considerada no Brasil, e em vários outros países, uma droga ilícita, devido ao alto teor de THC, que é o principal elemento tóxico e psicoativo da planta. O THC é responsável pelos efeitos psicoativos da planta, ou seja aquele componente responsável pelo “barato” que a planta dá.
Já, o cânhamo (Cannabis sativa subespécie ruderalis), que tem várias propriedades iguais da maconha, tem baixos níveis de Tetrahidrocanabinol (THC<1%), e isso faz com que seja muito visada para fins terapêuticos. No cânhamo há a presença do Canabidiol (CDB), principal componente extraído para fins terapêuticos.
No caso da maconha, a planta por si só não é um remédio, porém, os componentes dela extraídos, se aplicados nas doses corretas após a formulação, podem ser utilizados para o tratamento de diversas doenças.
Canabidiol
O canabidiol age como um sistema chave-fechadura, onde o composto é reconhecido pelo corpo do paciente.
O corpo humano produz determinados canabinóides por conta própria, e também possui dois receptores para canabinóides, chamados de receptores CB1 e CB2, além de produzir moléculas que atuam sobre eles.
Os principais receptores canabinóides se localizam no sistema nervoso central, em células do sistema imune e em alguns tecidos periféricos, porém sua ação pode ocorrer por mais de uma via receptora.
- Os receptores CB1 estão presentes em todo o corpo, mas com maior concentração no cérebro. Eles atuam sobre a coordenação, movimento, dor, emoções, humor, apetite, memória, etc.
- Já os receptores CB2 são mais comuns no sistema imunológico. Eles afetam a inflamação e a dor.
Existem diferentes formas de administrar o CBD ao paciente, que pode utilizar o fármaco na forma de solução de óleo, spray nasal ou comprimido, sendo que todas essas formas e doses devem ser prescritas por um médico responsável.
O tratamento com Cannabis e seu derivados no Brasil já é legal desde 2014, quando a Anvisa passou a autorizar a importação de remédios com o canabidiol, ou CBD. Em dezembro de 2019, a entidade regulamentou a venda de medicamentos a base de Canabinoides no país pela indústria farmacêutica. O Conselho Federal de Medicina recomendou o seu uso “compassivo”, ou seja, ele deve ser receitado depois que as alternativas tradicionais já tenham sido testadas pelo paciente.
O uso de Cannabis medicinal tem sido usado para diversas patologias físicas e psiquiatras, já que as substâncias ativas presentes possuem propriedades anti-inflamatórias, imuno moduladoras, anticonvulsivantes e neuroprotetoras. Portanto, pode ser útil para algumas doenças físicas, como: epilepsias, doença de Crohn, colite ulcerativa, fibromialgia, algumas doenças da pele e da desregulação do sistema imunológico. Também tem se mostrado útil em casos de autismo, retardo mental grave, doença de Alzheimer, Parkinson, ansiedade e dependências por algumas substâncias psicoativas.
É importante salientar que os tratamentos medicinais com os canabinoide não são realizados utilizando o cigarro da maconha, já que nessa forma de uso não é possível isolar os componentes potencialmente terapêuticos dessa planta. O mais comum é o emprego de óleos associados aos dois principais componentes da cannabis: O CBD e, em menor quantidade o THC.
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Nesse tipo de tratamento, o paciente psiquiátrico é internado no hospital, onde recebe atendimento 24 horas por dia, todos os dias da semana em que ele poderá ter acesso a uma grade terapêutica e receber cuidados como: alimentação, medicação supervisionada, terapia ocupacional, terapias com psiquiatras e psicólogos. Enfim, uma variedade de tipos de cuidados para que ele melhore com ajuda especializada necessária.
A equipe médica, em conjunto com a família e o próprio paciente, devem definir a necessidade de internação psiquiátrica. Em alguns casos, porém, como o paciente não tem condições de se auto avaliar, é necessária a internação compulsória ou involuntária. Precisamos então esclarecer melhor os tipos de internação psiquiátrica regulamentadas pela Leia Brasileira da Reforma Assistencial Psiquiátrica, Lei 10.216 de 2001.
Na maior parte das vezes, a internação psiquiátrica é voluntária e isso ajuda bastante no tratamento. Quando o paciente percebe que precisa de ajuda especializada, o tratamento é muito mais eficaz e os resultados positivos ficam bem mais evidentes. A internação psiquiátrica voluntária ocorre quando o próprio paciente decide e concorda com o médico e os seus familiares de que os meios para a abordagem do problema de saúde mental se esgotaram fora de um ambiente protegido, como o tratamento ambulatorial, ou o Hospital Dia, por exemplo.
Atualmente, as situações mais indicadas para a internação psiquiátrica são: surto psicótico (quando o paciente perde a conexão com a realidade), dependência química grave, depressão com risco de suicídio, na fase mania do transtorno bipolar, transtornos alimentares graves, nos transtornos de personalidade quando há perda do auto controle com risco para o paciente ou terceiros.
A internação é involuntária ocorre quando o paciente está completamente impossibilitado de tomar decisões por conta do grave comprometimento do seu estado psíquico, por exemplo, se ele estiver com o juízo crítico gravemente comprometido e não percebe os riscos que pode correr se não iniciar um tratamento formal. Nessa circunstância, os médicos e a família decidem por ele e tomam essa decisão.
A internação compulsória quem decide se o paciente vai ser ou não internado é a própria justiça, por conta de perigos que essa pessoa pode trazer para a sociedade. Geralmente a solicitação à Justiça é encaminhada por algum agente públicos em virtude dos riscos envolvidos.
Para aquelas pessoas que estão em crise e desejam ser tratadas em casa, a Psiquiatria BH oferece uma estrutura de cuidado domiciliar, que podemos chamar de internação domiciliar, de acordo com as necessidades do paciente e de sua família. Contamos com a possibilidade de consulta médica, orientação familiar, acompanhamento terapêutico e a presença de técnicos de enfermagem em regime diferenciado, 6 às 24 horas, para todos os dias da semana. Esse monitoramento também poderá ser à distância, telefone ou vídeo chamada, sempre que possível.
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A Terapia Cognitivo Comportamental tem o objetivo de compreender, identificar e corrigir formas distorcidas de pensar, gerir melhor as emoções e encontrar maneiras mais eficazes para lidar com as dificuldades e angústias do cotidiano. Nesse tipo de terapia as pessoas aprendem a:
- distinguir entre pensamentos, sentimentos e a própria realidade;
- tornar-se consciente das maneiras que os seus pensamentos influenciam seus sentimentos;
- avaliar criticamente a veracidade de seus pensamentos automáticos e suposições;
- desenvolver as habilidades para perceber, interromper e intervir ao nível dos pensamentos automáticos e como eles ocorre.
A Terapia Cognitivo Comportamental tende a lidar com o aqui, agora. Verifica como os pensamentos e comportamentos atuais afetam o sujeito. Ela reconhece que os acontecimentos no passado moldaram a forma atual da pessoa pensar, sentir e comportar-se. Pode-se ir ao passado e compreender acerca dos padrões de pensamentos e comportamentos aprendidos na infância e de como crenças erradas podem ser criadas e influenciar nos comportamentos atuais. O intuito da TCC é modificar essas ideias e encontrar soluções para uma mudança de pensamento e comportamentos atuais, para que se possa funcionar melhor, agora e no futuro.
Em se tratando de crianças e adolescentes, a psicoterapia cognitiva comportamental visa desenvolver meios para que elas possam lidar com o mundo a sua volta de forma saudável. O maior objetivo é que o processo terapêutico seja um grande aliado no resgate da saúde mental e das relações de afeto entre pais e filhos.
A função do Acompanhamento Terapêutico (AT) é mediar e articular as relações do sujeito com as pessoas e com o sofrimento mental, tornando possível atividades cotidianas de lazer e relação com a família, fazendo-o avançar no enfrentamento de sua doença. O AT sai, acompanha em compromissos, faz visitas domiciliares e articula uma rede de tratamento.
Psiquiatria é o campo da medicina que cuida dos transtornos mentais e problemas emocionais das pessoas. A área de abrangência da psiquiatria é bastante ampla e inclui desde o tratamento das situações mais comuns – ansiedades, depressões, situações de crise existencial, somatizações, transtornos alimentares; até os quadros mais graves – como as esquizofrenias, transtorno afetivo bipolar e dependência de álcool e drogas.
O psiquiatra faz sua formação em medicina por 6 anos e depois se especializa através da residência médica por mais 03 anos. É um profissional que está apto a diagnosticar e tratar o sofrimento psíquico a partir de recursos biológicos, por exemplo, a partir do uso criterioso de medicamentos e através de recursos de elaboração das vivências pessoais, pela psicoterapia.
Psicodiagnóstico é o processo de avaliação onde o principal objetivo é identificar e compreender a queixa e os possíveis distúrbios que o cliente apresenta para que o terapeuta consiga formular hipóteses diagnósticas mais precisas relacionadas às questões levantadas. No primeiro momento ocorre a entrevista de anamnese que consiste no detalhamento sobre a história de vida do paciente, para, a partir daí, selecionar testes em função da queixa apresentada. Os tipos de testagem utilizadas nesse processo são, dentre outras: Psicométrica, Projetiva e Observação Clínica.
A avaliação Psicométrica é aquela realizada através de testes psicométricos com o intuito de avaliar: raciocínio, inteligência e outras funções cognitivas.
Na avaliação Projetiva, o que se busca é a utilização de instrumentos que estimulam a projeção de vivências internas na realização das tarefas propostas. O conteúdo, tanto verbal como gráfico, apresentado pelo cliente, revelam seus conflitos, preocupações e dificuldades emocionais, quando houver.
No trabalho com crianças, pode-se utilizar a Ludoterapia, que consiste em observar a criança brincar com os objetos previamente selecionados em função da queixa trazida pelos pais. É considerada a idade cronológica da criança e o que é esperado para cada idade, de acordo com a evolução normal da personalidade. Através do Psicodiagnóstico, torna-se possível avaliar de forma mais precisa, qual a melhor indicação de tratamento, que pode incluir encaminhamento ao Neurologista, Psiquiatra, serviços de Fonoaudiologia, Psicoterapia, reforço escolar, etc.
Avaliação neuropsicológica é uma avaliação das funções mentais como a concentração, memória, raciocínio, organização de idéias, linguagem, cálculos, podendo ser utilizada, para a quantificação e qualificação dos sintomas envolvidos, ao passo que não costuma ser empregado qualquer dosagem sanguínea ou exames de imagem para comprovação ou descarte da grande maioria dos diagnósticos psiquiátricos. A avaliação neuropsicológica é baseada na aplicação de testes, escalas e questionários aprovados por estudos das comunidades científicas internacionais, sendo aplicado por um profissional especializado em Neuropsicologia.
A avaliação neuropsicológica também pode ser utilizada para fins legais de documentação relacionados ao déficit destas funções cerebrais. É utilizada principalmente para auxiliar diagnóstico de TDAH – Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade, nas demências como Alzheimer e em jovens com dificuldade de aprendizagem.
Terapia de casal é um processo terapêutico que visa ajudar na conscientização de cada um dos cônjuges sobre suas vontades, sobre o resultado de suas ações no relacionamento na estruturação de uma comunicação positiva entre os mesmos, independente das decisões tomadas.
A terapia de casal é indicada para casais com dificuldades de relacionamento que pretendem melhorar a interação independente da definição de permanecerem juntos ou se separar.
Residência Terapêutica ou Moradia Assistida são espaços de moradia destinados a pessoas com transtornos psiquiátricos cujo quadro clínico esteja estável, mas que por algum motivo, necessitam de alguma supervisão das atividades de vida diária ou cuidados com a manutenção do tratamento.
A Residência Terapêutica é útil especialmente para pessoas que passaram algum tempo internadas e, por isso perderam os vínculos sócio-familiares, ou que possuem família, mas cujo convívio se mostra muito conflituoso ou inviável, em virtude, por exemplo, do envelhecimento dos pais ou de incompatibilidades pessoais relacionadas à doença, havendo portanto a necessidade de um espaço alternativo de moradia.
Os principais objetivos da Residência Terapêutica são ressocializar e resgatar a autonomia desses sujeitos incentivando-os a assumir uma posição de agentes ativos de produção de vida. Apostar na construção de um novo olhar sob a doença mental e de um cuidado diferenciado que ultrapasse as barreiras impostas pelo estigma social, trabalhando na construção de um laço social possível.
Há tratamento para o comprador compulsivo? Sim. O tratamento do transtorno de compras compulsivas geralmente é feito com aconselhamento sobre compras, terapia cognitivo comportamental e medicamentos, caso seja diagnosticada uma outra condição psiquiátrica como a ansiedade ou a depressão.
Obviamente, o objetivo do tratamento não é a abstinência completa do ato de comprar, mas o controle do comportamento, que em situações normais obedece à seguinte sequência de etapas: avaliação da necessidade; avaliação das possibilidades; pesquisa de preços e condições de pagamento; consulta a terceiros; negociação; deliberação; comprar o que foi programado. Quando adequadamente tratado, o prognóstico costuma ser favorável.